30 de março de 2011

Silêncio

Às vezes eu queria
Que o tempo congelasse
Que o mundo ao meu redor parasse
E eu pudesse encarar o teto do meu quarto
No mais puro silêncio

Não pensar em nada
Não ter que fazer nada
Pois meus compromissos e obrigações
Não ultrapassam a barreira do nada

Nada fazer
Muitos dizem que os italianos sabem essa arte
"O prazer de fazer nada"
É incrível como o silêncio relaxa
Acalma
Traz idéias
Leva pra longe da mente as tristezas
Nos faz meditar como monges

O silêncio é paciente
Compreende
Quando não estamos bem
O silêncio, muitas vezes
Me completa.

18 de março de 2011

(In)Decisão...

Caminho pelo jardim
Sem saber ao certo pra onde vou
Meus pés me guiam
Minha cabeça não funciona
Meus olhos não veem nada
Meu coração não bate
Parece que parei de respirar
Serei eu capaz de decidir isso?

A minha decisão
Mudará tudo
Meus objetivos
Meus sonhos
Minha vida
Terão de se adaptar

Como posso eu decidir uma coisa tão definitiva?
Será que ninuém pode me revelar o destino para facilitar minha escolha?

Sinto-me perdida
Não consigo pensar direito
Sento-me no banco de pedra que avistei
Não posso decidir isso agora
Nem consigo entender tudo
Como poderei saber o que fazer?

Me acalmo
Afasto esses pensamentos
Volto a respirar
Meu coração bate
Meu cerébro pouco-a-pouco retoma o comando
A decisão fica
Pra hora em que eu estiver pronta
E ponto final.

10 de março de 2011

De olhos fechados...

Deito-me na cama
Ponho os fones de ouvido
Aperto o play
Cada música é a trilha sorona
De uma história diferente
Me agarro às possibilidades
O real não me interessa mais
Liberto minha imaginação

Atravesso campos verdes
Montando um corsel branco
Sento-me em uma clareira
Às margens de um lago
E observo um lindo pôr do sol
Perdida em lembranças

Um segundo depois
Me torno personagem de aventuras
De livros ou filmes
Ou das que eu mesmo projetei
Vivo intensas emoções
Amizades, amor, traição, mágoas
Lutas, fugas

Sinto algo prender meu braço
Ouço uma voz
Hora de acordar
É tempo de encarar meus medos,
Os fatos
Voltar à realidade

Levanto-me e sigo para a rua
O mundo me espera
Mesmo quem diga que eu sei apenas sonhar
Pode se surpreender
Se eu posso sonhar,
eu posso fazer acontecer

Um passo por vez
Tudo transformei
E não preciso fechar meus olhos
Não mais
Vivo aventuras, amizades
Me apaixono
Há mágoas, tristezas
Escapo com criatividade
Estou viva
Vivendo emoções reais
Vivendo meus sonhos